Quanto mais exercitado, o contato com o coração pode se tornar automático, modificando todo ambiente interno do organismo humano.
Hoje começamos a encontrar, aqui e ali, pesquisas que buscam evidências científicas da transformação ocorrida na vida de uma pessoa, a partir de uma simples alteração: o que aconteceria com você, se a partir de hoje, você vivesse mais tempo no contato com o seu coração, do que no contato com turbilhão dos seus pensamentos? Seria correspondente a escolher entre viver em um jardim, ou no meio de um engarrafamento de cidade grande. São óbvias as consequências drásticas que esta diferença de ambientes provoca no sistema humano como um todo. As pessoas, nestes tempos modernos, lutam para se proporcionar uma qualidade máxima no seu ambiente externo, na sua moradia, no visual do seu automóvel, para que possam habitar em um lugar agradável e aconchegante. Esquecem, porém, que o seu verdadeiro ambiente de vida, encontra-se no seu interior. Para este, poucos recursos são disponibilizados, e pouca atenção à sua salubridade é realmente considerada.
Existe toda uma indústria interessada nesta ênfase pelo ambiente externo. A sociedade de consumo, governada pelo ego, sobrevive distraindo o ser humano da sua verdadeira necessidade, que é viver em um ambiente interior ao mesmo tempo sereno e pleno de energia positiva. Oferece-lhe substitutos que jamais serão suficientes, pois não são capazes de aplacar a sua verdadeira carência.
O que seria então, dar um pouco mais de atenção ao nosso espaço interior?
Inicialmente, tornar-se consciente de possuir um espaço interior que merece atenção e cuidado, isto já seria um bom começo. Aprender a se escutar, a se respeitar para, um dia, verdadeiramente se amar, é a sequência do movimento que hoje sua natureza humana lhe pede, e amanhã, a sua saúde pode lhe impor como único caminho para atingir seu verdadeiro propósito de estar aqui neste mundo.
Mariliz Vargas
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